quarta-feira, 25 de março de 2015

Fotografia

Porque para se parar o tempo
Tem que haver luz e sombra
Não faz jus ao desejo que tenho,
Desenho que não vejo sem mim.

Assim haveria de ser se fosse eu
Senhor de mim e do meu tempo
Como a nuvem parando vento
Pararia o tempo meu e seu no tic TAC

Não deixo correr o vento nos meus cabelos
Mas eles continuam a cair sem medo
O tempo é malicioso, deixa ir meus apelos.

Queria parar o tempo e ver o que o mundo é
Mas o tempo que me tomam não deixa
Me deixa apenas de pé pra fazer que ele seja.

Por Carlos Fernando Rodrigues

domingo, 22 de março de 2015

Objetivo

O ser objetivo não precisa ser criativo.
Ele vai e faz, ativo e nem sempre produtivo
O criativo é livre, porem muito antes, cativo:
Altivo em fazer, mas não objetivo no falhar.
Vivo entre objetos diretos e indiretas retas.
Não sou objetivo e nem por isso sou produtivo.
Ser um ser passivo social nunca foi meu forte.
Nessa baboseira pra apenas mais um corte piramidal
Classifico a mim como apenas ser vivo, e vivo.

Queria ser objetivo para ter um um, mas não largo essa objetividade de arriscar minha criatividade. Objetivo me livro de mim, criativo cativo mais a mim. Afim de ser essência e tempo, me viro bem na vida assim.

Por Carlos Fernando Rodrigues

quarta-feira, 18 de março de 2015

Ô Moça!

Ô moça, quando cê vai assim cê volta?
Pode falar que minha conversa é torta.
Se lota de sentimento bom e vem cá.
Deixa eu dar um tom pra lá de lá.

Ô moça, eu sei que ja ouviu algo assim
Mas não deixa de falar pra mim
Que cada passo chega mais perto do enfim
Sim, é por achado de surpresa em passado.

Ô moça, pode deixar que eu cuido da louça.
Deixa pra lá do meu tom pra lá de lá,
Faz o bolo antes mesmo de eu chegar.

Ô moça, eu ja tô ficando chato moça.
Mas soneto é assim mesmo. Meio longo.
Querer te ver é só um tanto, deve ser cedo.

Por Carlos Fernando Rodrigues