- Hoje me deu vontade de escrever alguma coisa. Coisa essa, qualquer. Qualquer um poderia escrever isso. Isso é incerto. Certo como as saudades que sinto da península, dos ares, da China e da menina. Com essas saudades sou eu todo, completo, hoje. Não tenho nada planejado como eu fui. Fui, e não espero muita coisa dessas palavras, simples e sem sentido traços e rabiscos. Rabiscos e um coração alvejado, carregado por um cérebro cansado…
- Cansaço... cedo assim?
- Ah... sim… e já me vou, tudo bem?
- Bem não, mas também não é mal… é racional, como sempre.
- Sempre nunca que possível. E o impossível eu sempre quis, mas sempre passaram na minha frente… só não queria ser medíocre…
- E é?
- Por fora ou por mim?
- Por você.
- Sim.
- E por fora?
- Também.
- Onde não?
- Apenas na minha prodigiosa imaginação.
- E existe lugar melhor?
- Não para mim.
- Para quem então?
- Para o mundo.
- Onde?
- O concreto.
- A realização da imaginação?
- Não… Esse surto que alguns chamam por matéria.
- Mas isso não seria a realização de várias imaginações diferentes?
- Sim, mas sem harmonia.
- E onde está essa tal harmonia?
- Na minha… somente nela…
Por Carlos Fernando Rodrigues S.S.D.
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