domingo, 22 de maio de 2011

Toda Pétala do Mundo

Toda coadjuvância minha
deu lugar à minha romância.
Como se, de volta a infância,
a felicidade que não cansa.

O vento traz de trás do velho morro
aquela flor de beleza inquieta fugaz.
De todas as formas de pétala,
todas as cores em harmonia e coro.

Fomenta, alimenta minha paixão
e me treme o bobo coração.
Tudo em sua forma e ação,
até sua mínima expressão.

Vem pra junto de mim flor minha.
Deixa o rio pra trás.
Mostra o quanto é linda
no nosso olhar do lado de cá.

Por Carlos Fernando Rodrigues     S.S.D.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

De casa

Será que existe aquilo que posso chamar de casa?
Ela que me prende minha faminta liberdade.
Esconde a rebeldia, presa na idade.
Porque ficar onde me amarram a asa
me parece tão aconchegante
quanto o abraço de um amante.

Sem casa, sem teto ou destino,
na lua cheia ou sol apino.
Liberdade na vaidade
e cabeça na saudade.
Sou humano.

Se fosse necessidade, não seria liberdade.
Queria um lar, do lado do seu
que somente e simplesmente
chamaria feliz  por meu.

Que se dane a razão,
hospedeiro dele sou eu.
Aqui quem fala de longe
é o famigerado coração.

Por Carlos Fernando Rodrigues  S.S.D.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Precipitação

Chuva chega "tec tec"
"Chisc chisc"  molha o chão.
"Tec chisc toc toc",
água limpa e emoção.

Se chove lá fora,
chove dentro de mim.
A tempestade que não vem
já fez casa por aqui.

Passa a linha, alinha o trem.
Quem sabe, sabe quem
ta ouvindo a chuva tambem.

Espalha chuva vem o vento,
acabando com  o trovão.
Chuva de maio não existe,
somente o coração.

"Tec, tec, tec.."

Por Carlos Fernando Rodrigues    S.S.D.